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27.1.05

Auschwitz


(versão 1283c - série "porque morremos, senhor?")

Auschwitz - Birkenau
Símbolo máximo do Holocausto: assinala-se hoje o 60.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi.

Faltando-me palavras, as de Primo Levi:

"Se Isto É Um Homem"


Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casa aquecidas
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não
Considerai se isto é uma mulher
Sem cabelos e sem nome
Sem mais força para recordar
Vazios os olhos e frio o regaço
Como uma rã no Inverno.
Meditai que isto aconteceu
Recomendo-vos estas palavras.
Esculpi-as no vosso coração.
Estando em casa andando pela rua
Ao deitar-vos e ao levantar-vos;
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou então que desmorone a vossa casa
Que a doença vos entreve,
Que os vossos filhos vos virem a cara.


No cócegas na língua "Se questo è un uomo" (versão original)

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25.1.05

Auschwitz


(versão 1278a - série "porque morremos, senhor?")

Auschwitz, símbolo máximo do Holocausto, voltará a ser lembrado na próxima quinta-feira, dia em que se assinala o 60.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi pelas tropas aliadas (Exército soviético).

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19.1.05

Nem bom vento nem se segue o exemplo


(versão 1263a - série "porque morremos, senhor?")




A Conferência Episcopal espanhola declarou-se hoje [18/01/2005] a favor do uso do preservativo, no âmbito da "prevenção integral e global da sida", além de ser um complemento da abstinência e fidelidade.

A edição online do jornal "El Mundo" cita Juan António Martínez Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal, ao salientar que a posição da Igreja sobre a sida tem base científica, nomeadamente a de um estudo publicado em Novembro na revista "The Lancet" que defende a combinação da abstenção, fidelidade e uso de preservativos.

Martínez Camino falava aos jornalistas no final de um encontro com a ministra espanhola da Saúde, Elena Salgado.

O responsável referiu que a Igreja Católica está "muito preocupada e muito interessada" neste "grave problema".

Elena Salgado e Martínez Caminho concluíram que o mais adequado à situação actual é "a colaboração de ambos, no âmbito das responsabilidades respectivas, na resolução de um problema tão grave como é este em Espanha e em todo o mundo".

(lido na edição on-line do jornal Público)

Esperemos que por cá - mas não só - se siga o exemplo...


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5.1.05

Quantificar a morte, regozijando-se com factos


(versão 1237a - série "porque morremos, senhor?")
Não resisto a publicitar o aumento da consciencialização dos condutores bem como a eficácia das campanhas rodoviárias e a selectividade das fiscalizações.
A notícia tirada daqui está toda aqui:


"O número de mortes nas estradas portuguesas em 2004 foi o mais baixo das últimas três décadas, tendo-se registado também a maior redução face ao ano precedente, de acordo com os dados do Ministério da Administração Interna (MAI).

Portugal registou no ano passado o menor número de mortes em acidentes nas estradas desde 1975 (desde que há estatísticas relativamente à sinistralidade rodoviária). Esta descida em termos globais foi acompanhada pela maior redução percentual face ao ano precedente (17,1 por cento), valor só comparável a 1977 (17 por cento).

Segundo os dados provisórios do Observatório de Segurança Rodoviária (OSR), divulgados hoje pelo MAI, em 2004 registaram-se 1124 mortes nas estradas portuguesas, contra as 1356 do ano anterior, o que equivale a uma diminuição de 17,1 por cento (menos 232 mortos).

Face a 2003, no ano passado registaram-se também menos 538 feridos graves (-11,5 por cento), menos 3748 feridos ligeiros (-7,4 por cento) e uma descida de 7,9 por cento no número total de vítimas (menos 4518), adiantam os dados do MAI.

Em 2003, relativamente a 2002, já se tinha registado uma descida de oito por cento, o que para o MAI confirma a tendência de descida dos últimos anos e uma maior consciencialização dos condutores, a par das crescentes campanhas rodoviárias e fiscalizações selectivas.

"Considerando o objectivo previsto no Plano Nacional de Prevenção Rodoviária - e posteriormente assumido pela União Europeia -, de, com base na média entre os anos 1998/2000, reduzir até 2010 o número de mortos e feridos graves em 50 por cento, Portugal atingiu no fim de 2004 uma redução de 36 por cento de mortos e 46 por cento de feridos graves", sublinha o MAI."


Não importa que morram nem muito menos porquê? Não será em todo o caso devido à súbita consciencialização do cidadão condutor - quem o diz ou não conduz ou não deve fazê-lo pelas nossas estradas -, nem às autuações desprovidas de todo o bom-senso - os verdadeiros artífices da prevenção de radar escondido em riste...
Alarde estatístico cuja contabilidade traduzida em vítimas espelha sorrisos de dever cumprido...


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