27.1.05
Auschwitz
(versão 1283c - série "porque morremos, senhor?")
Auschwitz - Birkenau
Símbolo máximo do Holocausto: assinala-se hoje o 60.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi.
Símbolo máximo do Holocausto: assinala-se hoje o 60.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi.
Faltando-me palavras, as de Primo Levi:
"Se Isto É Um Homem"

Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casa aquecidas
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não
Considerai se isto é uma mulher
Sem cabelos e sem nome
Sem mais força para recordar
Vazios os olhos e frio o regaço
Como uma rã no Inverno.
Meditai que isto aconteceu
Recomendo-vos estas palavras.
Esculpi-as no vosso coração.
Estando em casa andando pela rua
Ao deitar-vos e ao levantar-vos;
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou então que desmorone a vossa casa
Que a doença vos entreve,
Que os vossos filhos vos virem a cara.

Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casa aquecidas
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não
Considerai se isto é uma mulher
Sem cabelos e sem nome
Sem mais força para recordar
Vazios os olhos e frio o regaço
Como uma rã no Inverno.
Meditai que isto aconteceu
Recomendo-vos estas palavras.
Esculpi-as no vosso coração.
Estando em casa andando pela rua
Ao deitar-vos e ao levantar-vos;
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou então que desmorone a vossa casa
Que a doença vos entreve,
Que os vossos filhos vos virem a cara.
No cócegas na língua "Se questo è un uomo" (versão original)
Comentários:
25.1.05
Auschwitz
(versão 1278a - série "porque morremos, senhor?")

Auschwitz, símbolo máximo do Holocausto, voltará a ser lembrado na próxima quinta-feira, dia em que se assinala o 60.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi pelas tropas aliadas (Exército soviético).
Comentários:
19.1.05
Nem bom vento nem se segue o exemplo
(versão 1263a - série "porque morremos, senhor?")
![]() | ![]() | ![]() |
A Conferência Episcopal espanhola declarou-se hoje [18/01/2005] a favor do uso do preservativo, no âmbito da "prevenção integral e global da sida", além de ser um complemento da abstinência e fidelidade.
A edição online do jornal "El Mundo" cita Juan António Martínez Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal, ao salientar que a posição da Igreja sobre a sida tem base científica, nomeadamente a de um estudo publicado em Novembro na revista "The Lancet" que defende a combinação da abstenção, fidelidade e uso de preservativos.
Martínez Camino falava aos jornalistas no final de um encontro com a ministra espanhola da Saúde, Elena Salgado.
O responsável referiu que a Igreja Católica está "muito preocupada e muito interessada" neste "grave problema".
Elena Salgado e Martínez Caminho concluíram que o mais adequado à situação actual é "a colaboração de ambos, no âmbito das responsabilidades respectivas, na resolução de um problema tão grave como é este em Espanha e em todo o mundo".
A edição online do jornal "El Mundo" cita Juan António Martínez Camino, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal, ao salientar que a posição da Igreja sobre a sida tem base científica, nomeadamente a de um estudo publicado em Novembro na revista "The Lancet" que defende a combinação da abstenção, fidelidade e uso de preservativos.
Martínez Camino falava aos jornalistas no final de um encontro com a ministra espanhola da Saúde, Elena Salgado.
O responsável referiu que a Igreja Católica está "muito preocupada e muito interessada" neste "grave problema".
Elena Salgado e Martínez Caminho concluíram que o mais adequado à situação actual é "a colaboração de ambos, no âmbito das responsabilidades respectivas, na resolução de um problema tão grave como é este em Espanha e em todo o mundo".
(lido na edição on-line do jornal Público)
Esperemos que por cá - mas não só - se siga o exemplo...
Comentários:
5.1.05
Quantificar a morte, regozijando-se com factos
(versão 1237a - série "porque morremos, senhor?")
Não resisto a publicitar o aumento da consciencialização dos condutores bem como a eficácia das campanhas rodoviárias e a selectividade das fiscalizações.
A notícia tirada daqui está toda aqui:
"O número de mortes nas estradas portuguesas em 2004 foi o mais baixo das últimas três décadas, tendo-se registado também a maior redução face ao ano precedente, de acordo com os dados do Ministério da Administração Interna (MAI).
Portugal registou no ano passado o menor número de mortes em acidentes nas estradas desde 1975 (desde que há estatísticas relativamente à sinistralidade rodoviária). Esta descida em termos globais foi acompanhada pela maior redução percentual face ao ano precedente (17,1 por cento), valor só comparável a 1977 (17 por cento).
Segundo os dados provisórios do Observatório de Segurança Rodoviária (OSR), divulgados hoje pelo MAI, em 2004 registaram-se 1124 mortes nas estradas portuguesas, contra as 1356 do ano anterior, o que equivale a uma diminuição de 17,1 por cento (menos 232 mortos).
Face a 2003, no ano passado registaram-se também menos 538 feridos graves (-11,5 por cento), menos 3748 feridos ligeiros (-7,4 por cento) e uma descida de 7,9 por cento no número total de vítimas (menos 4518), adiantam os dados do MAI.
Em 2003, relativamente a 2002, já se tinha registado uma descida de oito por cento, o que para o MAI confirma a tendência de descida dos últimos anos e uma maior consciencialização dos condutores, a par das crescentes campanhas rodoviárias e fiscalizações selectivas.
"Considerando o objectivo previsto no Plano Nacional de Prevenção Rodoviária - e posteriormente assumido pela União Europeia -, de, com base na média entre os anos 1998/2000, reduzir até 2010 o número de mortos e feridos graves em 50 por cento, Portugal atingiu no fim de 2004 uma redução de 36 por cento de mortos e 46 por cento de feridos graves", sublinha o MAI."
Portugal registou no ano passado o menor número de mortes em acidentes nas estradas desde 1975 (desde que há estatísticas relativamente à sinistralidade rodoviária). Esta descida em termos globais foi acompanhada pela maior redução percentual face ao ano precedente (17,1 por cento), valor só comparável a 1977 (17 por cento).
Segundo os dados provisórios do Observatório de Segurança Rodoviária (OSR), divulgados hoje pelo MAI, em 2004 registaram-se 1124 mortes nas estradas portuguesas, contra as 1356 do ano anterior, o que equivale a uma diminuição de 17,1 por cento (menos 232 mortos).
Face a 2003, no ano passado registaram-se também menos 538 feridos graves (-11,5 por cento), menos 3748 feridos ligeiros (-7,4 por cento) e uma descida de 7,9 por cento no número total de vítimas (menos 4518), adiantam os dados do MAI.
Em 2003, relativamente a 2002, já se tinha registado uma descida de oito por cento, o que para o MAI confirma a tendência de descida dos últimos anos e uma maior consciencialização dos condutores, a par das crescentes campanhas rodoviárias e fiscalizações selectivas.
"Considerando o objectivo previsto no Plano Nacional de Prevenção Rodoviária - e posteriormente assumido pela União Europeia -, de, com base na média entre os anos 1998/2000, reduzir até 2010 o número de mortos e feridos graves em 50 por cento, Portugal atingiu no fim de 2004 uma redução de 36 por cento de mortos e 46 por cento de feridos graves", sublinha o MAI."
Não importa que morram nem muito menos porquê? Não será em todo o caso devido à súbita consciencialização do cidadão condutor - quem o diz ou não conduz ou não deve fazê-lo pelas nossas estradas -, nem às autuações desprovidas de todo o bom-senso - os verdadeiros artífices da prevenção de radar escondido em riste...
Alarde estatístico cuja contabilidade traduzida em vítimas espelha sorrisos de dever cumprido...
Alarde estatístico cuja contabilidade traduzida em vítimas espelha sorrisos de dever cumprido...
Comentários: