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29.10.03

Moda
(versão 177b - série “porque morremos, senhor?”)
Sei lá!
Morrer assim? Não achas que está um pouco démodé?
Preferia... [e mais não disse apesar de sabermos que houve um dia em que talvez tivesse nascido].

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25.10.03

Moda
(versão 169a - série “porque morremos, senhor?”)
E os enfeites que as cruzes transportam, volteados e adornados e pézinhos de coentrada sobre saltos não muito altos...
Escanzeladas de braços abertos em tons terra e demais matizes desfilam cinicamente de encontro a mim. E a última cruz a desfilar? A que alude ao vestido de noiva... e eu tão solteiro!

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19.10.03

0,33
(versão 149a – série “iliterato”)
É um terço! Religiosamente coreografado pelo à la féria. Por certo invocações mil de expiações tantas as contas que os rosários proselitados viram a arder no mais belo estádio que a inquisição concebeu. Claro que os de outros tempos não albergavam tantos penitentes. E a vontade do homem é sempre quem impera independentemente do cheiro das rosas. Perorem pois então que os desvalidos, os famintos, os drogados, as prostitutas, os homossexuais, os pedintes, os sem abrigo, os pretos, os ciganos, os doentes com sida... enfim, OS OUTROS ficarão eternamente gratos. Ámen!

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16.10.03

Estou convocado!
(versão 147d - série “desporto”)
Para pontapear todo e qualquer adversário por isso mesmo, por ser adversário. E não vos apetece, por vezes (e não digam que é mau perder!), desancar nos infelizes sorridentes que nos chacotam só porque ganharam? E mesmo quando empatamos e na impossibilidade de esgotar todos os impropérios com o árbitro? Há que desancar em alguém...
Sorte daqueles que têm alguém em casa à espera dos seus reais festejos. Porque está sempre convocada, senhora...
E chuta, o porco!

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12.10.03

A SIDA não é católica
(versão 135b - série “porque morremos, senhor?”)
E a inquisição? Porque não arder sobre as brasas da intolerância que os outros assim até se comem? Alarves de credo sempre na boca que tamponam as bocas com hóstias e as engravidam com vinho tinto? E se persignam antes do coito enquanto eles e elas e eles e eles e elas com elas (heresias, ó céus!) se esvaem em promessas “de branco até ao altar e só depois e só duas vezes e só dois, um casal”:
E sério?positivo?
Que se masturbem? Não sem lavar as mãos na pia baptismal que o desejo é coisa sagrada. Quantos mais morrerem mais crentes restam, aqueles que concordam com tudo isto. Porque morremos? Porque o pai de Alfonso Lopez Trujillo não usou preservativo. E outros... senhores?

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9.10.03

Hálitos
(versão 127a - série “vícios”)
À tarde, antes de acordar, tento abrir os olhos enquanto conto os homens que gostaria que me beijassem. Conto-os pelos dedos de uma só mão. De cada vez. E é tão divertido que me sinto abandonada quando não consigo lembrar-me de nenhum.
À noite, antes de adormecer, e de olhos bem abertos tento contar... mulheres. Conto-as... Não é nada divertido. E conto só até dez para me sentir aliviado.
De manhã, se acordar, tento lembrar-me de todas as mulheres e homens com quem ainda não sonhei... e por isso continuo a preferir o sapo que o hálito do príncipe é horrível!
(O Anjo Élico recomenda: veja também a outra versão da série “vícios”)

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4.10.03

Longe
(versão 117a – série “porque morremos, senhor?”)
Desoladoramente só. Vegetando por entre as ruínas do seu presente. Ancorado num passado de miséria e frustrações tantas que o simples acto de existir é fardo que carrega para assim não se esquecer que o futuro nada lhe reserva. Ainda bem que não está longe de mim quem não pode perguntar: “Então, ainda vive?”.
E saudades tenho daquilo que me espera: a morte que diviso a custo sorrindo-me como a sossegar-me com sussurros de [e não mais se fez ouvir]...
(Dedicado ao comentário Morto Vivo de 01-10-2003)

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